PREZADO LEITOR,

Esse Blog foi feito para todas as pessoas que, de alguma forma ou de outra, tem a curiosidade de aprender sobre a DIVERSIDADE SEXUAL.

É ainda, para as/os jovens que se descobrem em ser homossexuais e deseja assumir, mas sentem-se inseguro(a)s para esse tal momento difícil: a saída do armário. Através deste blog, os homossexuais ou familiares e amigos, ampliarão seus conceitos e obterão informações de assuntos relacionados à Diversidade Sexual. Tendo como o foco principal fazê-lo vencer o medo de assumir e livrar do negativismo homossexual e da homofobia internalizada, que os homossexuais introjetam em seus inconscientes desde quando foram pequenos.

Neste Blog é exposta uma diversidade de textos, imagens, vídeos e links de demais páginas virtuais contendo informações e dicas que irá facilitar a compreensão da temática DIVERSIDADE SEXUAL vida na humanidade.

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domingo, 29 de janeiro de 2012

Meu Filho é Gay. E agora?

Se teu filho falar, "Mãe, Sou Gay": Como encarar essa situação?

O seu filho revelou que é gay para você? O que fazer nessa hora? Como agir depois? Seu filho vai ser diferente do que ele era até este momento? Ter um filho gay não muda o relacinamento, mas algumas coisas podem tentar ser evitadas no momento da revelação. Outras sempre serão benvindas. Tentarei montar um guia básico baseando nas minhas experiências. 
Na hora da revelação

Você recebeu a notícia como um soco no estômago? Então diga a verdade para seu filho  Peça um tempo para digerir a notícia. Pode ser ao lado dele ou sozinha. Ele, como seu filho, vai entender esse seu pedido de tempo. Afinal, não é todo hora que alguém ganha uma surpresa de repente. Mas nunca saia andando sem falar nada.
Não grite: você é gay?!!! Ele está saindo do armário para você e somente você. Não para você e todos que podem estar a sua volta.
Tente não agir violentamente. Afinal, se ele tomou coragem para te contar algo tão íntimo é porque ele confia em você e, provavelmente, acredita que você entenderá.
Se você estiver em um veículo em movimento, peça para ele parar antes de você sair. Saltar de veículos em movimentos não é uma boa reação. E seu filho vai ficar preocupado e se sentir culpado com as conseqüências.
Se quiser ter reações como “Que legal!” ou “Obrigado por confiar em mim”, isso é sempre benvindo. E acabará com toda a ansiedade e expectativa sobre seu filho.  Afinal, ele acredita que você reagirá bem, mas sempre fica uma ponta de dúvida.
Se você perguntar se ele é bissexual e ele responder negativamente. Não insista. Aceite a resposta com um sorriso e volte a desenhar.
Não o culpe por não ter te contado quando você perguntou se ele era gay. Talvez ele não estivesse preparado para sair do armário na época.
Não o culpe também por você não ser o primeiro a saber sobre ele. As situações em que cada pessoa sai do armário para sua mãe varia e talvez ele ainda não tivesse achado uma boa oportunidade até o momento para te contar.
Não pergunte sobre a vida sexual dele. Sair do armário é uma coisa. Contar sobre a vida sexual é outra. E talvez ele não esteja ainda preparado para te contar as acrobacias sexuais em que se envolveu.
Se ele disparar a contar sobre a vida sexual dele e você ainda não está preparado para ouvir. Diga. Ele entenderá. Mas nunca coloque os dedos nos ouvidos e comece a cantarolar bem alto.
Se quiser perguntar como ele se descobriu, desde quando ele sabe que é gay. Pergunte. Talvez ele esteja passando por crises e precisa de sua ajuda, a ajuda da sua própria mã ou avó. Ou talvez ele já passou dessa fase e esteja disposto a desmistificar o mito de ser gay para você.
Se você quiser abraçá-lo como forma de selar o pacto da revelação, isso também é benvindo. 
Pergunte quem já sabe dele. Você pode, sem querer, colocá-lo numa saia justa numa roda de amigos ou de família. E abrir a porta do armário dos outros não é uma boa.
Se seu filho não é efeminado, não fale “Mas você não é efeminado!”. Nem todo gay é efeminado. E nem todo efeminado é gay.
Não pergunte sobre quem é gay no local de trabalho, no colégio ou na faculdade. O momento da revelação é um momento especial para a pessoa que ele mais considera e é para ficar somente entre você dois. Não é hora de fofocar.
Depois da revelação
Não o trate diferente. Nem muito bem. Nem muito mal. Continue tratando-o normalmente. Acredite, ele quer isso.
Ele te convidou para ir na Parada Gay? Vá! Você pode se divertir com seu filho e mostrar o seu apoio para ele e para toda a comunidade gay.
Ele te convidou para ir numa danceteria gay? Se você se sentir a vontade para ir, vá. Assim você verá como os gays se comportam e não é muito diferente de como heteros se comportam numa balada. Mas se você não está preparado para ver homens se beijando, recuse gentilmente. Nunca diga: nem pensar! Talvez ele só esteja te convidando para se divertir com você em um ambiente que ele se sente mais a vontade.
Se quiser perguntar sobre a vida sexual dele. Agora pode perguntar. Se ele ainda não estiver preparado para falar sobre isso, não o pressione. Cada coisa na sua hora.
Não use-o de exemplo para defender os gays. Você pode tirá-lo do armário sem querer.
Se quiser perguntar sobre quem é gay, seu filho pode ou não revelar. Se ele escolher não revelar, não fique chateado com ele. Talvez ele não goste de tirar os outros do armário, assim como ele não gostaria que outros o tirassem do armário.
Enfim, ele é seu filho e o fato de ser gay não muda uma vírgula na relação de vocês. E isso serve para todos os gays. Ser gay não determina o caráter da pessoa.

CONSELHOS PARA OS PAIS





Pais esclarecidos, filhos bem resolvidos
Para os pais, eu digo: aceitem. Não há outra solução. Basicamente, a principal coisa que tem que ser dita aos pais é que não há como seu filho mudar a sua orientação sexual. Não há essa possibilidade. Quanto mais cedo você aceitá-lo, melhor. A segunda coisa que eu acho que tem que se dizer é: você não tem noção do quanto a sua não aceitação sobre seu filho pode causar efeitos nefastos e muito duradouros ele. A maioria dos filhos que sofre muito, atrozmente, são filhos de pais que não aceitam, a sua sexualidade. Tem pacientes que eu atendo com 40, 50 anos, que já saíram completamente da vida de jovens, são pessoas maduras, que sofrem conseqüências muito penosas por terem sido rejeitados pelos seus pais. Isso é terrível. Ao passo que uma mãe e um pai que aceitam seus filhos, a diferença é gritante, como essas pessoas são mais equilibradas emocionalmente.

Renúncia aos ideais
Para os pais, geralmente, também há um grande conflito. Dentro do ideal de eu, também tem o ideal de pai, e o ideal de pai é o ideal de um pai que tem um filho de determinada maneira. Então é muito importante que todos os pais que soubessem da sexualidade dos seus filhos procurassem uma ajuda psicológica, porque eles vão ter que fazer uma renúncia aos seus ideais.

Apoiando as decisões dos filhos

Os pais têm que imaginar que a vontade do filho é soberana em relação à vida dele, e também ter uma concepção de que é importante apoiar as escolhas e decisões dos filhos. E isso já é um grau de elaboração muito grande. É muito difícil você renunciar a um ideal se você não tem nenhuma força contra isso. Então o trabalho dos pais é mais difícil mesmo. Por isso eu acho que é mais importante que os pais sejam acompanhados psicologicamente do que os filhos, porque eles é que vão ter que fazer uma renúncia forte. Às vezes surge um sentimento de culpa, como se eles fossem responsáveis pela sexualidade, isso não é verdade. Ninguém consegue criar desejo em outra pessoa, isso é impossível. Do mesmo jeito que você não consegue seduzir uma pessoa que não esteja te desejando, você não consegue impedir que uma pessoa deseje determinado objeto.
Veja também o texto "Como Assumir" pelo psicólogo Klécius Borgesclique aqui